terça-feira, 15 de junho de 2010

o que lá vai, lá vai.

"O complicómetro é o que nos faz exigir mais dos homens do que eles nos podem dar, desejar sempre o que não se tem, invejar os filhos das outras enquanto ainda não parimos , embirrar com os pequenos defeitos da cara-metade e esquecer porque é que nos apaixonámos por aquela pessoa,maldizer as pequenas contrariedades da existência e não valorizar o que a vida tem de bom.

Uma mulher que aprende a desligar o complicómetro vive mais bem disposta muitos mais dias por ano. Não perde tempo a tentar mudar os outros nem se aborrece com o que não consegue mudar. Não está sempre a criticar nem a deitar abaixo quem tem ao lado, queixa-se pouco e olha para a vida com bonomia. E quando se queixa é porque tem razão, o que faz com que seja ouvida com atenção.

Uma mulher descomplicada é acima de tudo alguém que sabe o que quer, que percebe o que querem os que ama e que aprendeu a defender-se do que não a faz feliz. Em última análise, é alguém que também sabe o que não quer e que aprendeu a dar a volta (e já agora por cima, que é uma forma elegante e muito feminina de dar uma ou mais voltas à vida).".





/Margarida Rebelo Pinto

2 comentários:

  1. Eu estou farto de te dizer que tens um complicómetro. Mas não é nestes assuntos, nestes até és bastante descomplicada... O que lá vai, lá vai...

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  2. Se alguém gosta de nós, gosta também das nossas complicações. Se se afasta, é porque não estava assim tão interessado. Dos básicos não reza a História...

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