terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Que solução?



O caso “face oculta” tem sido o tema do dia (para não dizer do mês).
Muito se tem dito e muito ainda está para acontecer.
Não há ninguém que não esteja preocupado, seja a criticar o primeiro-ministro ou, simplesmente, a pensar no futuro do país.

Na base do processo estão várias escutas que revelam a existência de um plano para controlar a comunicação social para além da conhecida tentativa de aquisição de 30 por cento da TVI pela PT. Através das escutas interceptadas, é perceptível que a estratégia passava pela compra de um grupo importante da comunicação social, o qual se tornaria parceiro estratégico da PT.

José Sócrates convocou esta segunda - feira os órgãos máximos do partido para definir uma estratégia de contra-ataque comum. O processo "Face Oculta", as escutas, as providências cautelares e a estabilidade governativa são “alguns” dos assuntos que vão ser debatidos.

Seguem-se, até ao final da semana, reuniões com o grupo parlamentar, a Comissão Nacional e ainda um grupo de militantes da federação distrital do Porto. Estas reuniões partidárias coincidem também com o momento em que surgem sinais de divisão dentro do PS.

António Vitorino disse ontem que "José Sócrates não vai abandonar o barco" e que "não há nenhum movimento no PS para o substituir".

No seu programa semanal na RTP (“As escolhas de Marcelo”) o Professor Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que está contra a substituição do primeiro-ministro ou uma eventual mudança de Governo. Para o comentador político, até à aprovação do Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) não deve haver mudanças no panorama político até porque, sustenta, “eleições antecipadas só valem a pena se delas sair um Governo qualitativamente melhor”. “Eu percebo a inquietação das pessoas. É muito difícil manter um mentiroso como primeiro-ministro mas a situação do País impõe-no”.

Questionado se concorda com o seu colega de partido António Capucho, que defendeu que José Sócrates não tem condições para se manter no cargo de primeiro-ministro e deveria ser substituído, mantendo-se o PS no Governo, Jardim respondeu:

«Em primeiro lugar, não são as pessoas do PSD que têm de dizer quem deve ser o líder do PS, mas tudo o que se tem passado não era possível num país de longa tradição democrática como a Inglaterra».

«Depois de tudo o que se passou, em Inglaterra o partido do poder continuava no poder mas tinha mudado o primeiro-ministro. E é assim que se faz nos países democráticos», considerou.

Depois de comparar a situação do país com a da Sicília, o presidente do PSD/Madeira responsabilizou os portugueses: «A culpa não é só dos políticos, é de um povo que deixou este país chegar ao estado em que está, de um povo que não tem valores, de um povo que acha piada em todas estas golpadas que vão por aí. Cada povo tem aquilo que merece». «Vamo-nos deixar de hipocrisias. Este país precisa de disciplina democrática. Continuar a consentir na asneira e depois dizer que a culpa é dos políticos, isso é bem português», acrescentou.









Eu cá sempre achei que as palavras do Sr. J. A. Jardim eram um insulto á inteligência dos Portugueses, mas esta foi demais.


PS: Professor Marcelo: que o Senhor (falso) Engenheiro José Sócrates era mentiroso nós, ou pelo menos eu, já sabia(mos). O que não sabia(mos) era que a corrupção tinha de ser mantida face à instabilidade do país.

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