sábado, 20 de fevereiro de 2010
Uma questão de intuição
As mulheres aprendem a observar nos outros aquilo a que mais tarde chamam intuição. É uma qualidade quase exclusiva do foro feminino e é por isso que os homens que também a possuem chegam mais longe. A essa capacidade os homens chamam-lhe instinto, as mulheres, intuição.
A intuição é uma espécie de mapa interior,de alarme adiantado à inevitabilidade da vida. A intuição é uma coisa muito útil e permite captar muitas coisas que de outra forma nao conseguiria-mos captar. Eu valorizo muito a minha intuição.
Já acertei demasiadas vezes nas previsões que fiz para poder desconsiderá-la.
O lado mau, é conseguir cada vez menos que a vida me surpreenda ou desiluda.
[até porque acredito que o futuro é bom exactamente pelo desconhecido que guarda].
No entanto, não acredito que exista alguem que goste da sensação que a desilusão ou a perda de ilusão, em si, trás.
A semana passada li um texto que dizia o seguinte:
"Se nos desiludimos, a culpa não está nas coisas nem está nas outras pessoas. Se nos desiludimos, a culpa é nossa: porque nos deixámos iludir; porque nos deixámos levar por uma ilusão.
(....)
Quando nos desiludimos não estamos a ser justos nem com as pessoas nem com as coisas.
Nenhuma pessoa, nenhuma das coisas com que lidamos pode satisfazer plenamente o nosso desejo de felicidade, de beleza. Em primeiro lugar porque não são perfeitas (só a ilusão pode, temporariamente, fazer-nos ver nelas a perfeição).
Depois, porque não são incorruptíveis nem eternas: apodrecem, gastam-se, engelham-se, engordam, quebram-se, ganham rugas… terminam."
[Percebem agora porque valorizo tanto a minha intuição?]
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A fórmula para não nos desiludirmos é não nos iludirmos. No fundo é não nos vestirmos de quaisquer tipos de expectativas e bebermos apenas a essência que emana do outro, ali no presente, sem nos projectarmos para o futuro ou ir ao passado chafurdar no baú dos ideais vazios e assépticos onde fomos construindo e acumulando príncipes e princesas encantadas bolorentos e cheios de pó.
ResponderExcluirA ilusão é (quase) inevitável, sem ela qual for. Mesmo que a nossa vivência se possa centrar no presente vamos sempre pensar que aquela pessoa é ideial para nós (no caso dos namoros) ou de profunda confiança (nas amizades) quando ela se instala. A ilusão faz parte. Podemos é tentar enganá-la. Quanto aos principes encantados... esses ficaram todos para as Cinderelas. :)
ResponderExcluirHummm...acho que as cinderelas se tranformaram todas em Abóboras......e algumas delas daquelas do Halloween a deitar fogo pelo nariz....Acredito que os principes de hoje também já não se vestiam de Erol Flyin de Capa e espada.....São apenas os sinais do tempo talvez, ou então o mar das ilusões vivido a 233km/h...Não sei....
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